Não há dúvidas de que temos muito a aprender e que já estamos aprendendo desde o dia em que a ano parou com a pandemia. Sim, o dia em que o ano parou e tudo mudou. Tudo ficou de repente de cabeça para baixo. As pessoas foram obrigadas a ficar dentro de casa na expectativa de que em pouco tempo, ou seja, na “quarentena” tudo ia ficar bem e depois poderíamos ter nossas vidas novamente, voltar a trabalhar e andar na rua. #SQN como dizem os mais jovens. 

Não voltamos ainda e faz meses. Nossa vida revirada, nossos amigos e familiares longe. E uma ameaça mortal na porta de casa, caso você resolva sair.

Já pararam para pensar nisso? não temos nem previsão de voltar. E o tempo vai passando. Em certas horas até gosto dessa vida. Porque não gostaria, estou ao lado dos meus filhos, marido e eles estão bem. É bom não precisar acordar às seis da manhã para sair antes das sete por causa do trânsito, uma hora para chegar ao trabalho,  esse problema não temos mais.  Olha que maravilha! Tudo on-line! 

Mas esse tudo on-line trouxe muitos desafios como, por exemplo, saber a hora de sair do tudo on-line, porque senão, são 11 da noite e eu ainda trabalhando. E as costas doem na cadeira. As horas acabam passando rápido e parece que fica mais difícil conciliar ginástica com trabalho. 

E o tudo on-line não é só o meu, é o trabalho com os filhos intercalando atividades da escola, com o meu trabalho. E sendo sincera, não queria ter que rever o que são biomas, sistema circulatório, sistema nervoso, expressões numéricas. Mas é trabalho, se não era, virou o trabalho da mãe com o filho, porque o pai aqui não tem paciência, então sobrou para a mãe.

O que falam mesmo, o novo normal? Será? O que vamos tirar disso tudo? São muitas perguntas. Quando vou sair e andar na rua normalmente? quando irei levar meu filho mais velho para as festinhas? ah esse outro ponto é legal. Não estou precisando acordar na madrugada para ir buscar nas festinhas. Ano de descanso esse, ou poderá ser mais de um ano. Já pensaram até onde pode ir?

Mundo de pensamentos estranhos, que a gente só quer mesmo é viver e ver passar para voltar ao normal. Dúvidas, temos muitas, e ainda teremos cada vez mais, ansiedades, várias, mas estamos aprendendo a ser mais fortes a cada dia, a valorizar o estar vivo. Valorizar a vida!